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Ponte de de Lamas de Vouga teve alvará de D. João
III a 26 de Fevereiro de 1529. Neste era nomeado Jerónimo Gonçalves, fidalgo
escudeiro, residente em São Pedro do Sul, «vedor
e recebedor da obra da pomte que ora mamdo fazer no rio Vouga e sull". Foi
seu construtor Mestre Ryanho "mestre que foy da obra da ponte da dita
villa».
Em 1713 é realizada a reforma joanina sendo que em
1791 era ordenada uma vistoria minuciosa da ponte, por peritos.
Já em 1930 a ponte é adaptada ao novo sistema
viário e é realizado o alargamento do tabuleiro.
Assim, podemos afirmar que a ponte de Lamas do Vouga apresenta dois períodos distintos de construção,
a do séc. XVI e do XVIII. A distinguem-se os dois períodos pelo aparelho
utilizado e o seu traçado: os doze arcos a Norte são quinhentistas e encontram-se siglados, pertencendo grande parte
desses sinais ao alfabeto gótico; ao séc. 18 pertencem os três (3)
primeiros arcos no sentido Sul/Norte.
A finalidade da construção desses três arcos foi o de libertar
dos lodaçais e inundações o trajecto anterior, elevando a via por meio de arcos
e não por terraplenos, para que as águas das enchentes escoassem com maior facilidade.
Actualmente e após as adaptações realizadas no início
do séc. XX a ponte apresentava um tabuleiro plano, formando ligeiro cavalete,
assente nos seus quinze arcos, semicirculares e em asa de cesto, desiguais
entre si, e guardas em ferro e passeios em paralelepípedo, ladeiam o pavimento
alcatroado.
Num dos acrotérios que ligam a guarda uma inscrição
referindo a sua construção.
Fonte:
- Ficha
do Inventário do Património Arquitectónico (IHRU - Instituto da Habitação e da
Reabilitação Urbana, I.P.)
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