segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A Ponte de Lamas do Vouga (séc. XVI)


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Ponte de de Lamas de Vouga teve alvará de D. João III a 26 de Fevereiro de 1529. Neste era nomeado Jerónimo Gonçalves, fidalgo escudeiro, residente em São Pedro do Sul, «vedor e recebedor da obra da pomte que ora mamdo fazer no rio Vouga e sull". Foi seu construtor Mestre Ryanho "mestre que foy da obra da ponte da dita villa».
Em 1713 é realizada a reforma joanina sendo que em 1791 era ordenada uma vistoria minuciosa da ponte, por peritos.
Já em 1930 a ponte é adaptada ao novo sistema viário e é realizado o alargamento do tabuleiro.
Assim, podemos afirmar que a ponte de Lamas do Vouga apresenta dois períodos distintos de construção, a do séc. XVI e do XVIII. A distinguem-se os dois períodos pelo aparelho utilizado e o seu traçado: os doze arcos a Norte são quinhentistas e encontram-se siglados, pertencendo grande parte desses sinais ao alfabeto gótico; ao séc. 18 pertencem os três (3) primeiros arcos no sentido Sul/Norte. 
A finalidade da construção desses três arcos foi o de libertar dos lodaçais e inundações o trajecto anterior, elevando a via por meio de arcos e não por terraplenos, para que as águas das enchentes escoassem com maior facilidade.
Actualmente e após as adaptações realizadas no início do séc. XX a ponte apresentava um tabuleiro plano, formando ligeiro cavalete, assente nos seus quinze arcos, semicirculares e em asa de cesto, desiguais entre si, e guardas em ferro e passeios em paralelepípedo, ladeiam o pavimento alcatroado.
Num dos acrotérios que ligam a guarda uma inscrição referindo a sua construção.

Fonte:
- Ficha do Inventário do Património Arquitectónico (IHRU - Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I.P.)

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